The Novel NOROESUTE TETSUDO and Okinawan Immigrants and their Descendants of Campo Grande

  1. HOME
  2. Prólogo

The Novel NOROESUTE TETSUDO and Okinawan Immigrants and their Descendants of Campo Grande

  1. HOME
  2. Prólogo

Prólogo: Tatsuhiro OSHIRO e o Romance NOROESUTE TETSUDO Desde o Consulado Geral do Japão em São Paulo, o senhor viajou mil quilômetros apenas para ver esta velha insignificante...Prólogo: Tatsuhiro OSHIRO e o Romance NOROESUTE TETSUDO Desde o Consulado Geral do Japão em São Paulo, o senhor viajou mil quilômetros apenas para ver esta velha insignificante...

01. Acervo Tatsuhiro Oshiro

A Biblioteca Provincial de Okinawa, sob o nome de Acervo Tatsuhiro OSHIRO, possui cerca de 10 mil itens como manuscritos do próprio Tatsuhiro OSHIRO (Nasceu no município de Nakagusuku em 19 de setembro de 1925, falecendo em 27 de outubro de 2020) e outros materiais coletados.

OSHIRO ingressou na Escola Preparatória do TO-A DOBUN SHOIN DAIGAKU (Universidade de Cultura Comum do Leste Asiático) de Shanghai em 1943, mas devido a derrota na guerra a universidade foi fechada, não terminando o curso. E em 1947 foi admitido na Departamento de Agricultura do Governo Militar Estadunidense das Ilhas Ryukyu. Após atuar como professor de língua japonesa na NODAKE KOKO (Escola de Ensino Médio de Nodake), foi chefe da Seção de Comércio do Departamento de Indústria e Comércio da Administração Civil Estadunidense das Ilhas Ryukyu, Diretor do Escritório de Material Histórico de Okinawa da Administração Civil Estadunidense das Ilhas Ryukyu, continuando como funcionário do Governo da Província de Okinawa após o retorno de Okinawa ao Japão e por fim, atuando diretor do Museu Provincial de Okinawa, se aposentando em 1986.

Como escritor, sua obra MYŌUN ganha o Prêmio Roteirista, promovido pelo departamento de cultura do Departamento de Cultura da Administração Civil de Okinawa em 1947. Em 1967 é contemplado com o 57o Prêmio Akutagawa com a obra The Cocktail Party (O Coquetel). Continuou publicando romances, dramas, críticas com a temática da história e cultura de Okinawa, sendo contemplado com prêmios como o 21o Prêmio Literário Taiko Hirabayashi em 1993 com HI NO HATEKARA (A partir do final do dia), o 41o Prêmio Literário Yasunari Kawabata com RAIL NO MUKOU (Além dos trilhos) em 2015 e o 3o Prêmio Cultural Yasushi Inoue em 2019. Suas principais obras são SHOSETSU RYUKYU SHOBUN (A Solução de Ryukyu: um romance), ASA SHANGHAI NI TACHITSUKUSU (De manhã, pregado ao chão de Shanghai), FUTENMA YO (Ó Futenma) e YAKEATO NO KOKO KYOSHI (O professor de ensino médio das cinzas), e de dramas YOGAWARI YA YOGAWARI YA (é a mudança dos tempos), MADAMA MICHI RYUKYU GAKUGEKI-SHU (O caminho de Madama: Peças de Ryukyu), HANA NO MABOROSHI - RYUKYU KUMIODORI JUBAN (A ilusão da flor - os 10 kumiodori de Ryukyu) entre outros.

Em 2000, OSHIRO confiou temporariamente seu acervo pessoal ao OKINAWA KOBUNSHOKAN (Arquivo Provincial de Okinawa), reivindicando o estabelecimento da OKINAWA KINDAI BUNGAKU-KAN (Museu da Literatura Moderna de Okinawa) junto de simpatizantes. Porém, esse desejo não se concretizou e esse material foi doado para esta biblioteca, que realizou trabalhos de organização para sua preservação e utilização, instalando em 17 de fevereiro de 2010 o Acervo Tatsuhiro Oshiro. A Exposição de Estreia do Acervo Tatsuhiro Oshiro, realizada como um evento que marca os 100 anos da biblioteca, foi bem recebida pelo público.

No acervo, materiais raros como rascunhos de romances e enredos, cadernos de criação e anotações, flyers, panfletos, pôsteres de peças teatrais, kumiodori e outras artes, além de revistas publicadas no pós-guerra foram coletadas sem se perder, tornando-se num acervo fascinante. Sobre o material do acervo, OSHIRO dizia "espero que o material que deixei seja de alguma ajuda para descobrir a verdade de Okinawa do pós-guerra." Aguardamos por pesquisas sobre Tatsuhiro OSHIRO, que impulsionou a literatura de Okinawa do pós-guerra.

02. As pesquisas das regiões de residência dos okinawanos no exterior realizadas por Tatsuhiro OSHIRO

Tatsuhiro OSHIRO coletou material sobre os imigrantes visitando as regiões de residência dos okinawanos no exterior duas vezes, em 1973 e 1978, como Diretor do Instituto Historiográfico da Província de Okinawa. Até então, aconteceram missões de observação do exterior realizados pelos oficiais da Administração Civil Estadunidense das Ilhas Ryukyu e foi a primeira vez que houve uma viagem com a intenção de coletar documentos. A província de Okinawa era conhecida como uma das poucas províncias migradoras do Japão desde antes da segunda guerra mundial, mas não havia muitas pesquisas relacionadas aos emigrantes devido à escassez de fontes.

País 1973 1978
Documentos bibliográficos Áudio Documentos bibliográficos Áudio
EUA (Havaí incluso) 100 5 6 5
Argentina 3 42 17
Brasil 5 3 11
Bolívia 6 13 7
Peru 2 22 10
Total 100 21 86 50
Primeira edição do OKINAWA SHIRYO HENSHUJO KIYO (Boletim do Instituto Historiográfico de Okinawa), criada a partir da 4a edição

Pesquisa de 1973

Durante as cerca de 4 semanas, de 30 de março a 25 de abril de 1973, visitou as comunidades okinawanas do Brasil, Argentina, Bolívia, Peru, Los Angeles e Havaí, coletando mais de 100 itens relacionados à emigração. Mesmo após seu retorno, muitas fontes bibliográficas foram doadas pelas comunidades locais.
A pesquisa desse ano teve tempo limitado por estar com o mesmo itinerário que o Chobyo YARA, governador da província, e o Koichi TAIRA, presidente da assembleia legislativa de Okinawa, apesar de atuar separadamente nas regiões. Mesmo assim, OSHIRO dedicou seus esforços para a coleta de material realizando também eventos de confraternização com os pesquisadores locais. Tal material coletado se frutificou em 1974 com a publicação de OKINAWA KENSHI DAI 7 KAN KAKURON HEN 6 IMIN (História da província de Okinawa Volume VII Tomo 6 Migração) Até os dias de hoje, são poucas as províncias que publicaram uma compilação sobre a migração na coleção da história de sua província individualmente, o que sugere a importância da emigração para esta província.

Pesquisa de 1978

A segunda pesquisa, sob ordem especial do governador Koichi TAIRA, foi um itinerário de 65 dias passando pelo Havaí, Samoa, Taiti, Argentina, Brasil, Bolívia, Peru, Washington, Los Angeles e Havaí de 26 de abril a 29 de junho de 1978.
Desta vez, realizou esforços em realizar entrevistas para preservar os registros (áudio) das experiências dos emigrantes japoneses. Quanto às fontes bibliográficas, foram coletadas já tendo em vista a integração à cultura local, a educação, as atividades culturais entre outras.
Nessa pesquisa, OSHIRO visitou o Brasil e entrevistou Kamé OSHIRO, emigrante da primeira viagem de KASATO-MARU, no dia 18 de maio. Mais tarde, escreveu o romance NOROESUTE TETSUDO (A Estrada de Ferro Noroeste), tendo como modelo a história de vida de Kamé. "A história está em boa parte alinhada com a vida dela, mas quanto ao KACHIGUMI (vitoristas), trata-se de ficção." disse OSHIRO.

Entrevista a Kame Oshiro

Clique aqui para ficheiros de som 4 min. 34 seg.
Transcrição da entrevista com a Kame Oshiro

03. Sobre a obra NOROESUTE TETSUDO

O romance descreve a transformação dos sentimentos de uma velha senhora que na ocasião da celebração dos 70 anos da emigração ao Brasil é aconselhada a receber "o prêmio por sua alteza imperial o príncipe-herdeiro", recusando por duas vezes e decidindo receber apenas na terceira. A história segue em forma narrativa da história da vida da velha senhora e seu marido.
Natural de Okinawa, a velha senhora é emigrante da primeira leva ao Brasil e o enredo faz menção aos aspectos históricos como a situação de Okinawa antes de emigrar, os motivos da emigração, o embarque no Kasato-maru, a primeira fazenda, o trabalho na da obra da construção da Estrada de Ferro Noroeste, o estabelecimento da residência em Campo Grande e o caos do pós guerra, ao mesmo tempo que incorpora diversos elementos peculiares de Okinawa, como aspectos políticos, ideológicos, culturais, tradicionais, sociais e naturais. Além disso, a história tem como eixo 3 temas dicotômicos como "a deserção do serviço militar japonês e os vitoristas no Brasil", "o AKABANĀ (a flor de hibiscus representando Okinawa) e o SAKURA (a cerejeira representando o Japão)" e "ISSEI (japonês emigrante) e NISEI (filho do emigrante)".
Este romance é uma rara obra literária que descreve a árdua luta, tanto psicológica quanto material, dos emigrantes okinawanos da primeira geração que se lançaram ao mundo, contada através da história da vida de uma emigrante okinawana. Também oferece uma pista aos leitores de como compreender os uchinanchu do mundo que estão conectados ininterruptamente por mais de cem anos.

Obras publicadas em livros individuais

NOROESUTE TETSUDO
(A Estrada de Ferro Noroeste)

evista BUNGAKUKAI
dição de fevereiro de 1985

NANBEI ZAKURA
(Cerejeira da América do Sul)

revista BUNGAKUKAI
edição de fevereiro de 1987

Afronta o significado de se estabelecer numa região a partir do olhar de um pai que vai buscar o filho 15 anos depois de sua emigração, em 1963, após saber da situação crítica dos emigrantes à Bolívia.

HARUKANA CHIJO E
(O distante geóglifo)

revista BUNGAKUKAI
edição de agosto de 1988

A journalist receives a request from a YUTA (spiritual medium) to find NASHIKARA (in Peru), and when talking with an elder born in Okinawa and the people of the region, is then led to the immense Nazca Lines that can only be seen from the sky, trying to find a connection between Nazca and Nashikara.

JUKIA NO KIRI
(Névoa de Juquiá)

revista BUNGAKUKAI
edição de julho de 1985

Um jornalista recebe o pedido de uma YUTA (médium) para que encontre no Peru um local chamado Nashikara, e ao conversar com um ancião natural de Okinawa e as pessoas da região, é conduzido às imensas Linhas de Nazca que só podem ser vistas do céu, tentando encontrar uma conexão entre Nasca e Nashikara.

PADORINO NI HANATABA WO
(Buquê de flores ao Padrino)

revista BUNGAKUKAI
edição de julho de 1989

Citação parcial de BUNGEI TEKI SHOHYO-SHU

Copyright © Okinawa Prefectural Library All Rights Reserved.